Gostava daquela sensação de estar dentro de um museu. Não tinha ido há muitos. E aquele era especial. Era no Velho Mundo. Era magnífico estar em um lugar tão antigo, com tanta nostalgia arquivada. É, exatamente, arquivada, organizada. Nostalgia separada por data e categoria, lugar de origem e importância histórica. Era estranho pensar em nostalgia como fonte de renda ou comércio, mas é assim que é tratada em museus. Lamentava. Achava que nostalgia era algo muito profundo e íntimo. Talvez um dia pudesse entender essas leis de comércio. Mas agora não queria fazer isso. Queria apenas viajar no tempo, mergulhar naquele túnel sem saber aonde iria chegar afinal.
A poeira depositada de anos. Era encantadora. Seus olhos brilhavam. Tinha que manter uma certa distância dos objetos. Isso a deixava um pouco triste. Queria ter um contato mais intenso com cada um daqueles momentos. Cada quadro daquele representava a dor, a alegria, a certeza ou a dúvida de uma pessoa. Pessoas essas que ela não conhecia, sabia apenas o nome por serem pintores renomados, mas não conhecia seus anseios e ambições. Não sabia quem realmente eram.
Olhou ao redor, não tinha ninguém naquela parte da galeria. As câmeras a fitavam, como se a fossem engolir. Era incômodo não poder ter um momento de intimidade a sós com os antepassados que você não conhece e que nunca fizeram parte de sua vida, mas ainda assim são importantes.
Em um surto arrebentou a barra de proteção que proíbe a aproximação com o quadro. Pegou-o com as duas mãos e atirou no chão. Pisou em cima até quebrar completamente. E foi assim, destruindo um por um. Sentia um prazer incomparável ao destruir cada um daqueles momentos de aflição vividos por cada um daqueles pintores famosos.
Agora se cortava. Se cortava toda. O sangue jorrava e tomava conta de todo o chão, se misturava com os pedaços de telas sujas de tinta. Agora já não eram mais obras de arte. Eram apenas telas sujas de tinta. E ela já não era mais uma linda menina. Era uma esquizofrênica se machucando.
Não sabia exatamente porque tinha feito aquilo. Não tinha sensação nenhuma, não era capaz de sentir mais nada. Acabara com cada partícula de nostalgia. Começou a se despir, perdeu todo o pudor existente devido às câmeras. Ao estar completamente nua, olhou incisivamente para o nada e se masturbou. Se masturbou como nunca. Jamais havia sentido tanto prazer. Orgasmo múltiplo, não sabia o que era isso até esse momento. Deitou no chão sujo de sangue e adormeceu. um sono traquilo. Tudo se confundia. Telas quebradas, partículas de tinta, cavaletes, corpo nu. Tudo parecia harmonicamente unido. Ali estava a verdadeira exposição de arte.
A poeira depositada de anos. Era encantadora. Seus olhos brilhavam. Tinha que manter uma certa distância dos objetos. Isso a deixava um pouco triste. Queria ter um contato mais intenso com cada um daqueles momentos. Cada quadro daquele representava a dor, a alegria, a certeza ou a dúvida de uma pessoa. Pessoas essas que ela não conhecia, sabia apenas o nome por serem pintores renomados, mas não conhecia seus anseios e ambições. Não sabia quem realmente eram.
Olhou ao redor, não tinha ninguém naquela parte da galeria. As câmeras a fitavam, como se a fossem engolir. Era incômodo não poder ter um momento de intimidade a sós com os antepassados que você não conhece e que nunca fizeram parte de sua vida, mas ainda assim são importantes.
Em um surto arrebentou a barra de proteção que proíbe a aproximação com o quadro. Pegou-o com as duas mãos e atirou no chão. Pisou em cima até quebrar completamente. E foi assim, destruindo um por um. Sentia um prazer incomparável ao destruir cada um daqueles momentos de aflição vividos por cada um daqueles pintores famosos.
Agora se cortava. Se cortava toda. O sangue jorrava e tomava conta de todo o chão, se misturava com os pedaços de telas sujas de tinta. Agora já não eram mais obras de arte. Eram apenas telas sujas de tinta. E ela já não era mais uma linda menina. Era uma esquizofrênica se machucando.
Não sabia exatamente porque tinha feito aquilo. Não tinha sensação nenhuma, não era capaz de sentir mais nada. Acabara com cada partícula de nostalgia. Começou a se despir, perdeu todo o pudor existente devido às câmeras. Ao estar completamente nua, olhou incisivamente para o nada e se masturbou. Se masturbou como nunca. Jamais havia sentido tanto prazer. Orgasmo múltiplo, não sabia o que era isso até esse momento. Deitou no chão sujo de sangue e adormeceu. um sono traquilo. Tudo se confundia. Telas quebradas, partículas de tinta, cavaletes, corpo nu. Tudo parecia harmonicamente unido. Ali estava a verdadeira exposição de arte.